Chegamos agora ao final de Liga dos Campeões (ou Champions League para os mais íntimos) e que temporada de altas emoções, tanto para a alegria quanto para tristeza. O que podemos destacar deste ano então?
Primeiro ponto é a final Inglesa, um exemplo claríssimo de como a Premier League é o melhor futebol nacional do mundo e que tem uma boa habilidade de mesclar jogadores muito caros e muito bons com aqueles que podem ser considerados surpresas mas que não deixam de ser muito bons também.
Um dos finalistas, o Liverpool, investiu pesado do meio de campo para trás, adquirindo no ano retrasado ninguém menos de Virgil Van Dijk, um monstro da defesa que exerce uma liderança impressionante em campo, cobrindo todos os espaços mas ao tempo sabendo que quando precisa, ele pede ajuda a seus companheiros (quando estava com um trabalho muito difícil, quase impossível, de marcar o alienígena Lionel Messi no jogo da volta das semifinais e teve que pedir ajuda a um companheiro). No início da temporada 2018-2019 o time da cidade dos Beatles contrataram o que foi, no dia de sua assinatura, o goleiro mais caro da história, o brasileiro Alisson Becker (ele perdeu o cargo de goleiro mais caro depois de apenas alguns dias quando o Chelsea anunciou o Kepa).
Por outro lado, o Tottenham não contrata ninguém há duas janelas (para o leve desespero do técnico Pochettino) para investir tudo o que pode em seu novo estádio. Mas mesmo sem contratar, conta com jogadores como Harry Kane, Son e Lucas Moura (que com uma atuação impressionante na semis conseguiu colocar o time Londrino na primeira final de Champions de sua história).
Mas também temos que destacar os dois semifinalistas que não chegaram ao jogo da decisão. O sempre temido Barcelona do grande Lionel Messi chegou com os dois pés no peito no primeiro jogo o aplicou um sonoro 3 x 0 em cima do Liverpool no Camp Nou. Contra um placar desse e enfrentando o atual campeão espanhol, os Reds (que já tinham perdido o Firmino por lesão) tiveram mais uma baixa, o egípcio Mohamed Salah sofreu uma concussão em um jogo da Premier e por causa do protocolo da FIFA, não podia atuar no jogo da volta em Anflied. E agora? O que fazer? Seria possível Klopp e seus comandados reverteram este cenário tão, por falta de uma palavra mais adequada, desesperador? E não é que conseguiram? Em um daqueles jogos que dão motivos para amar tudo o que é o futebol!
Do outro lado, o Tottenham enfrenta a sensação da temporada, o Ajax. Este time que era considerado um azarão que eliminou gigantes como o Real Madrid e a Juventus de Cristiano Ronaldo. O time holandês começou a conquistar o coração de muitas pessoas não só na Europa mas pelo mundo que adoram torcer para o David quando enfrenta o Golias. O Ajax parecia que poderia ir para a final pela primeira vez em anos e saiu de Londres com uma vitória e muita esperança para o jogo de volta na Holanda. O que eles não esperavam era um dos dias mais inspirados da carreira de Lucas Moura. Mesmo jogando com a vantagem, os donos da casa abriram 2 x 0 em cima do Tottenham. Mas como fala um narrador famoso da televisão brasileira, “enquanto tem bambu tem flecha” e veio nosso Lucas que fez aquele hat-trick na hora certa e deu a vaga aos Spurs.
Resultado final: duelo inglês na terra de Cervantes!
Chegou a hora da grande final! Os jogadores estavam preparados em seus campos. O time do Liverpool foi escalado como o previsto com o feroz trio de ataque de Salah, Firmino e Mané e alguns dos melhores defensores do mundo, o Van Dijk e o goleiro Alisson. Já o Tottenham tinha algumas incógnitas. Harry Kane estava recuperado de uma lesão mas por causa do tempo fora de campo, ele ainda estava um pouco sem ritmo de jogo. Mas aí que vem a dor de cabeça de Pochettino, por o grande artilheiro do time, mesmo ele ainda estando meio mais ou menos, ou deixar o menino que marcou um Hat-Trick na semi, o Lucas Moura? O que fazer? O técnico argentino optou pelo artilheiro.
Apita o juiz no meio do campo! Começa o jogo eeeeeeeeee pênalti para o Liverpool, Salah cobra e faz o gol de abertura da final. Vendo este momento não tem como não lembrar da final de 2018 quando o mesmo Salah teve que sair no meio do jogo e quase perdeu a Copa do Mundo por causa de uma lesão no ombro.
Voltamos para o jogo de 2019. Depois deste primeiro gol o jogo estava mais ou menos, com os dois times encaixando bem a marcação e não permitindo que houvesse muito chutes a gol (mesmo quando tinha chute a gol eles saiam de forma um tanto quanto esquisitos). O jogo foi um pouco neste ritmo até mais ou menos a metade do segundo tempo até a entrada do Lucas Moura. Aí o jogo começou a ficar um pouco mais pegado e obrigando o Alisson a trabalhar ( e olha que o moço trabalhou bem).
Quando tudo parecia ainda aberto considerando o Reds estavam ganhando apenas pelo placar mínimo e o time de Londres parecia estar a um passo (ou chute na verdade) de empatar, veio do banco o Origi (aquele mesmo que marcou 2 belos gols contra o Barcelona) e acabou com qualquer sonho do Tottenham aos 87 minutos de jogo. Resultado: 2 x 0 para o Liverpool e o sexto título da Liga dos Campeões para o time da terra dos Beatles.
Mas conhecemos mesmo a história deste torneio que é o mais importante campeonato de clubes do mundo? Antes de ser a Liga dos Campeões da Europa, o campeonato era conhecido como Copa dos Campeões Europeus e na verdade se inspirou no Campeonato Sul Americano de Campeões (nome do torneio antes de se tornar Libertadores) organizado pelo Colo-Colo. A primeira transmissão na televisão brasileira foi a final entre o Nottinham Forrest da Inglaterra e o Malmo da Suécia (pena que na época foi apenas por videotape) e a primeira transmissão ao vivo foi quando a Globo passou a final em 1984 entre o Liverpool e a Roma.
O campeonato passou por um rebranding em 1992, quando se tornou oficialmente a Liga dos Campeões da Europa. Mais ou menos nesta época, ele também cresceu para não somente os campeões de cada país mas também para os vices e até alguns terceiros colocados (hoje em dia, as vagas se limitam a 5 equipes por confederação e somente 5 por confederação).
Atualmente, o torneio é o maior evento esportivo anual do mundo e que na temporada 2012/2013 chegou ao seu pico de audiência com 360 milhões de espectadores. Neste ano a cidade de Madrid receberá a sua 5 final sendo a primeira vez no Metropolitano, o antigo Vicente Calderón, estádio do Atlético de Madrid (o Santiago Bernabéu recebeu a final nos anos de 57, 69, 80 e 2010).
Um aspecto da Champions que pode ser um pouco diferente do restante do mundo do futebol é o fato que as patrocinadoras são bastante ativas durante o campeonato. Uma das principais é a Heinenken que arrebenta com suas ativações e propagandas. Esta temporada especificamente estão com uma propaganda na televisão sobre perder os momentos chave de um jogo por vários motivos. Esta campanha com parceria com o ex-jogador italiano Andrea Pirlo está bem humorada mostra que não podemos nos distrair um único momento da televisão pois neste momento pode sair o gol da vitória ou até do título (vamos lembrar que na semi contra o Barcelona os jogadores do Liverpool cobraram o escanteio rápido e fizeram gol quando os jogadores do time catalão estavam distraídos). Outra propaganda lançada neste foi foi com participação do pug Helmut e mostra a alegria de ver um jogo da Liga dos Campeões, mesmo se não gosta ou não entende bulhufas de futebol.
O investimento da marca de cervejas não acaba por aí. Este ano fez uma promoção para levar ganhadores de um concurso para o jogo final, além de prêmios personalizados na hora. Há também um grande evento em São Paulo organizado pela Heineken no ginásio do Pacaembu e terá a “SuperTV”. Este evento não vive apenas de futebol, durante o intervalo haverá uma apresentação da Orquestra Jabaquara, além de Tropkillaz e De Polainas depois do jogo. Mas o que é o futebol sem a comida? Este evento contará com a Casa do Porco, do Chef Jefferson Rueda, e o Bar Veríssimo, do Chef Marcos Levi.
Outra grande ativação vem da própria UEFA! Depois de passar por Mumbai (Índia) e Xangai (China) chegou a hora da taça da Liga dos Campeões ir para o Rio de Janeiro, mais especificamente, no Pão de Açúcar. O evento contou com o embaixador da UEFA Luís Figo em um Q&A com o astro campeão do torneio em 2001/2002 com o Real Madrid. Houve também a transmissão do jogo entre Barcelona e Liverpool válido para a semifinal.
O tom mais descontraído destas ações também chegou ao Hoteis.com com uma promoção bem humorada em parceria com o autoproclamado pior time do mundo, o brasileiro Íbis. Toda a pegada da promoção é que se o pior time do mundo consegue ir para a final da Champions, você também pode. Um vencedor foi sorteado e teve direito de levar mais 3 pessoas para uma viagem com tudo pago para Madrid para ver a final da Liga dos Campeões!
Tudo pronto para mais um ano de Chaaaaaaaaaampions?