O Futebol Volta ao Velho Continente Parte 1: A Premier League

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People! Os campeonatos europeus voltaram em toda sua glória! Adoro ver estes campeonatos pois eles tem um alto nível técnico e uma boa dose de emoção. Acho muito legal ver os jogos e apenas observar e sentir a emoção. Nesta primeira parte de uma série de posts sobre alguns dos principais campeonatos europeus a Premier League, a Ligue 1, a Bundesliga, a La Liga e a Serie A.

 

Antes de falar da temporada 2018-19 de um dos melhores campeonato de futebol no mundo, acho legal entender como chegamos aqui. Como as estrelas do cosmos se alinharam para resultar neste campeonato tão gostoso de assistir.

 

Na década de 70 até o meio dos anos 80, o campeonato era forte e tinha um alto nível técnico  mas, a tragédia em Heysel Stadium em 1985 marcou o que pode ser considerado um dos momentos mais negros do futebol inglês. Nesta época, os estádios tinham uma estrutura precária e os hooligans estavam soltos nos corredores. Foi neste período também que os clubes ingleses estavam proibidos de participar de campeonatos internacionais, causando ainda mais danos aos clubes. A nova década, porém, trouxe boas mudanças para este cenário devastador, a seleção local chegou à semifinal da Copa do Mundo e os clubes começam a se unir e exigir mudanças na organização da federação local e na maneira com que o valor dos direitos eram negociados.

 

Depois de um pouco de idas e vindas entre as partes, surge um plano para começar uma nova liga e um novo campeonato e tudo começa com 6 homens e uma reunião.

 

Em 1990, chefão da London Weekend Television (LWT), Greg Dyke, se reuniu com os representantes de Manchester United, Liverpool, Tottenham, Everton e Arsenal para discutir um novo campeonato e, mais importante para a LWT, como seriam desenhados os novos direitos televisivos do campeonato. Um acordo foi assinado entre os clubes no dia 17/07/1991 e apresentado à federação e à Football League no mesmo ano.

 

Este acordo rompeu com tudo aquilo que se conhecia no futebol inglês pois criava uma empresa que comandaria o maior campeonato local. Aqui, foi criada a Football Association Premier League Ltd., onde 20 clubes seriam os sócios desta nova entidade que votariam em quem iria ocupar as posições mais altas como o CEO, o Presidente e os membros do conselho deliberativo. A Federação Inglesa (FA) também teria um voto em assuntos como a eleição e mudanças nas regras do jogo e do campeonato. Um parte um pouco irônica ao final deste processo de transição foi que a LWT que estava presente na concepção da liga, perdeu a concorrência pelos direitos de transmissão de televisão para a BSkyB.

 

Assim, se inicia uma nova era do futebol no país onde ele foi inventado. Depois de toda esta conversa e vai e vem entre as negociações, a temporada 1992-1993 marcou o ano de estreia da Premier League. Nestes anos todos algumas das principais mudanças foi em 1995 quando o número de participantes caiu de 22 para 20 e depois de apenas 1 temporada, fechou um contrato de naming rights com grandes empresas e, em 23 anos esta propriedade foi de apenas 3 empresas (na verdade 2, a Carling e Barclaycard que depois virou Barclay).

 

Em 2016, a Premier anunciou que não iria mais comercializar este o naming rights e por isso o nome hoje é somente Premier League (se não pode ter certeza que teria o nome de uma empresa até hoje). Esta nova era também mostrou uma supremacia absoluta do Manchester United do Sir Alex Ferguson, que conquistou o campeonato nada menos que 13 (TREZE!) vezes. Estes números são ainda mais impressionantes se comparados ao segundo time a conquistar mais Premier Leagues, o Chelsea, com 5 títulos (ora pois, veja bem).

 

Tudo isso para entender como começamos a temporada 2018-2019. Depois de apenas a rodada de estréia não conseguimos cravar o que vai acontecer (desculpe people, minha bola de cristal hoje não está funcionando) mas o que já sabemos: O atual campeão (com a maior pontuação na história da Premier League, 100 pontos) o Manchester City de Pep Guardiola renovou com alguns nomes importantes, como Gabriel Jesus e, começou com o pé direito, vencendo o Arsenal pelo por  2×0. O Arsenal por outro lado, está iniciando uma nova fase de sua história. Este é o primeiro ano desde 1996 que os Gunners tem um técnico que não é Arsène Wenger e o novo técnico Unai Emery, tem um bom caminho para deixar o time com a sua cara, principalmente considerando a pré-temporada atípica deste ano de Copa do Mundo. O Liverpool por sua vez teve a estréia perfeita, um deliciosa 4 x 0 em cima West Ham. O time da cidade dos Beatles contratou o goleiro brasileiro Alisson e teve o goleiro mais caro do mundo por uma semana (mais ou menos).

 

Outros times também começaram de cara nova, como o Chelsea, que trocou o Antonio Conte pelo Maurizio Sarri na lateral do campo,  o moço já fez mudanças bem visíveis como a volta do brasileiro David Luiz como titular na zaga. O maior campeão da liga também estreou com vitória, mas nem tudo são flores no vestiário (mesmo que dentro de um vestiário nunca realmente cheira tão bem assim). Um dos principais jogadores do Manchester United, o francês Paul Pogba não está se entendendo com o técnico estrela do time, o português José Mourinho (melhor ficar de olho neste história).

 

Bom people, vocês conseguem ver que este é um campeonato que vale a pena acompanhar, tem um alto nível técnico, times competitivos, nome reconhecidos mundialmente (incluindo brasileiros para caramba) e para quem gosta do lado administrativo e de gestão do esporte como eu, é uma aula do que fazer certo!   

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